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Mesmo com todo avanço tecnológico que tivemos no bitcoin nos últimos anos, ainda temos alguns problemas fundamentais para melhorar. 

Um desses problemas é a escalabilidade. Devido à natureza intrinsecamente onerosa da tecnologia blockchain, mesmo com todas as melhorias existentes, ainda não é possível todas as pessoas do mundo usarem o bitcoin – e nem qualquer outra criptomoeda – para todas as transações do dia a dia de maneira não custodial e descentralizada.

É crucial ressaltar que, mesmo na forma atual, já desfrutamos de benefícios significativos em comparação com o sistema anterior. Isso se reflete na facilidade de transações, na eliminação de fronteiras em pagamentos internacionais, na capacidade de realizar transações não censuráveis, na facilidade de auditoria e na presença de uma ampla concorrência e inovação no setor. Essas vantagens são especialmente evidentes quando comparadas com as limitações do dinheiro fiduciário tradicional.

As próximas grandes inovações do bitcoin provavelmente se concentrarão na resolução da escalabilidade. Em breve, poderemos testemunhar o desenvolvimento de:

  • Fábricas de canais para a Lightning Network – uma forma de abrir canais com mais usuários sem precisar publicar uma primeira transação na blockchain;
  • Bifrost – uma extensão da rede Lightning Network possibilitando maior programabilidade;
  • Prime – uma possível nova primeira camada sem o uso de blockchain, ou seja, sem várias limitações que temos hoje, como de escalabilidade;
  • Fedimint – uma forma de banco comunitário open source;
  • Cashu – um sistema open source para garantir privacidade aos usuários de sistemas centralizados;
  • Ark – uma forma de compartilhar transações, diminuindo bastante a dependência da primeira camada;
  • Rollups – uma forma de agregação de transações;
  • Enigma Network – uma forma de pré-programar transações, garantindo o uso das moedas sem a necessidade de publicação imediata na blockchain;
  • Mercury Layer – uma forma de fazer transações off-chain enviando as chaves privadas para o destinatário garantindo o mesmo nível de privacidade que dinheiro físico;
  • UTreeXO – uma forma de diminuir o uso de dados em nós completos pessoais;
  • Drivechains e sidechains – uma forma de criar outras sub-blockchains usando a segurança da blockchain principal.

O que esperar do próximo soft fork do Bitcoin?

O próximo soft fork provavelmente será algum tipo de covenant, uma forma de obrigar o receptor de bitcoin a seguir regras predefinidas. Por exemplo, eu posso definir um contrato onde o receptor só pode gastar para um endereço específico; isso é particularmente útil para construir cofres virtuais.

A maior chance dos covenants serem implementados se deve ao fato que ele viabiliza muitos dos itens acima. Hoje existem várias propostas de implementação de covenants, como CTV, OP_CAT, OP_VAULT, OP_TXHASH e CATT.

Outro problema que nos próximos anos pode começar a ficar mais aparente é a padronização de como transmitir seus bitcoins como herança para seus filhos e recuperação de bitcoins.

Diferente de sistemas custodiais, nos quais empresas têm controle sobre seus dados e podem recuperar sua senha, caso você perca sua chave privada, você não conseguirá mais usar seus bitcoins. Já existem algumas formas de trabalhar esse problema e algumas empresas focadas nisso, mas não existem melhores práticas bem estabelecidas. Mesmo assim, inovações interessantes estão surgindo no setor, como as propostas pela empresa Casa Hodl e a carteira Liana.

Bitcoin mais “inteligente” no futuro

Embora a volatilidade do bitcoin tenha diminuído ao longo do tempo, ainda se mantém em níveis significativos, impedindo sua adoção generalizada como unidade de conta.

Outras altcoins usaram a alta capacidade de programabilidade das redes para criar moedas estáveis algorítmicas sobrecolateralizadas, ou seja, uma forma de replicar o dólar usando apenas código.

Apesar de replicar também praticamente todos os problemas do dólar, esse dólar sintético não depende de bancos para enviá-lo pela internet e mantém o valor estável de unidade de conta do dólar, o que pode ser bem útil para uma pessoa que queira evitar volatilidade.

Aproveitar a rede bitcoin para emitir outros ativos usando a mesma infraestrutura também é algo que pode melhorar o uso futuro e integração do bitcoin no dia a dia das pessoas. Existem iniciativas para facilitar esse tipo desenvolvimento e aumentar a expressividade da programação dos contratos inteligentes no bitcoin como:

  • RGB – uma segunda camada que fornece programabilidade completa ao bitcoin, garantindo a segurança da primeira camada, junto com a possibilidade de emissão de ativos e mais;
  • Taproot assets – uma maneira de emitir tokens no bitcoin usando a tecnologia Taproot, que poderão ser transacionados através da Lightning Network;
  • Discreet Log Contracts (DLC) – Contratos inteligentes que usam oráculos, ou seja, informações de fora da blockchain; 
  • BitVM – uma máquina virtual dentro do bitcoin agora é possível, abrindo a possibilidade para o mesmo nível de programabilidade de contratos inteligentes de outras altcoins num canal de pagamentos.

A conexão entre bitcoin e inteligência artificial

Com os avanços e popularização dos modelos mais novos de inteligência artificial, surgiu um novo mercado onde o bitcoin pode ser relevante.

Hoje, quase todo pagamento na internet é baseado em crédito, o que gera várias dificuldades, dentre elas: demora entre o pagamento e a liquidação, risco de estorno, risco de fraudes de cartão de crédito, necessidade de KYC, e outras.

Além disso, um agente de IA autônomo não consegue ter sua própria conta bancária em dinheiro fiduciário. Todas essas questões conseguem ser resolvidas usando um bearer asset como bitcoin na lightning. O protocolo L402 já está implementado na Langchain, uma das bibliotecas de IA mais populares e em breve deveremos ver ele ser usado com mais frequência.

Bitcoin e redes sociais

Além disso, hoje existe um grande problema relacionado a redes sociais. Esse problema é muito difícil de resolver porque assim que uma rede social adquire um tamanho grande o suficiente, sair dela e migrar para outra é inviável se todas as pessoas não fizerem isso junto.

Isso gera poucos monopólios decidindo o que pode ser apagado ou reforçado e basicamente escolhendo o que você vai ver. Usando um raciocínio similar ao sistema de incentivos do bitcoin, um brasileiro desenvolveu o NOSTR, um protocolo de comunicação resistente à censura. 

Com base nele, uma rede social nada mais seria do que uma forma de ver as informações geradas pelas pessoas, garantindo o controle do usuário sobre seus dados, facilitando a concorrência e a inovação. Ele é uma ótima alternativa aos sistemas de “Web3” de hoje, que tentam encaixar tudo dentro de uma blockchain ineficiente e geram um token desnecessário para ganhar em cima dos usuários. 

Holepunch é uma tecnologia P2P também focada em comunicação que promete trazer mais privacidade, simplicidade e eficiência. Ele e o NOSTR podem vir a ser bons canais de comunicação para coordenação de outros protocolos que usam bitcoin.

Esses são só alguns exemplos de tecnologias que já estão sendo pensadas. Certamente muitas outras ainda mais inesperadas surgirão no futuro próximo.

Sobre o autor

Breno Brito é empreendedor, especialista em investimentos certificado pela Anbima e estudioso de antifragilidade. Traduziu o livro ‘O Pequeno Livro do Bitcoin’ e revisou a tradução de ‘O Padrão Bitcoin’.

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