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Resumo do ano das criptomoedas, parte dois: o Ethereum promove a Fusão e a FTX é devastada
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Não é estranho viver em um mundo em que um desenvolvedor é preso por escrever código, enquanto um suposto fraudador que usou US$ 8 bilhões em fundos de clientes aproveita as férias com sua família? 

Mas esse é o cenário do fim de 2022 para a indústria de criptoativos.

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O segundo semestre de 2022 foi difícil para o setor, para dizer o mínimo, com o otimismo dilacerado pelo colapso de várias empresas cripto, as ações da Coinbase atingindo novas baixas após nova baixas, o fundo Grayscale Bitcoin Trust desindexando o valor de seu ativo principal em quase 50% e muito outras consequências do contágio cripto.

Mas nem tudo foi ruim esse ano.

A Ethereum executou uma de suas atualizações mais esperadas desde o lançamento da rede, criptoativos foram – e continuam sendo – um tema central das discussões regulatórias na Europa e no Reino Unido, e grandes marcas e corporações anunciaram noviedades que mostram a popularização dos ativos digitais. 

Então, apresentamos a parte dois do nosso resumo do setor cripto em 2022, agora falando do segundo semestre, entre julho e dezembro.

Ethereum realiza a Fusão

O Ethereum, a segunda maior criptomoeda em capitalização de mercado, transferiu com sucesso o seu mecanismo de consenso de proof of work (PoW) para o mecanismo de proof of stake (PoS) no dia 15 de agosto. Essa atualização histórica trouxe grandes mudanças para a rede, incluindo uma redução relatada de 99,95% no consumo de energia e um corte de 90% na emissão de tokens ETH.

A Fusão, também conhecida como The Merge, tem sido planejada há anos e sofreu vários atrasos, até que a Fundação Ethereum se comprometeu com um lançamento em 2022. 

A atualização mudou para sempre a forma como o ETH é criado e como as transações na rede Ethereum são validadas. Até o momento da Fusão, o ETH era gerada pela mineração, um processo intensivo de energia em que as máquinas de mineração direcionavam uma grande quantidade de poder computacional para resolver quebra-cabeças matemáticos complexos. 

Desde a Fusão, que alguns descrevem como “o evento mais importante da história da criptoativos”, a blockchain conta com validadores que apostam na ETH para alcançar consenso e proteger a rede.

3AC, Voyager e Celsius quebram

À medida que o contágio cripto desencadeado pelo colapso do ecossistema Terra se espalhou ainda mais, três grandes empresas caíram em um período de duas semanas, no início de julho. 

A empresa de investimento em criptomoedas Three Arrows Capital, também conhecida como 3AC, foi a primeira a pedir recuperação judicial, em 2 de julho. O fundo hedge, fundado em 2012 e que gerenciava cerca de US$ 10 bilhões, tinha posições em muitos dos maiores projetos e empresas de ativos digitais, incluindo Bitcoin, Ethereum, Solana, Axie Infinity e BlockFi. 

Pouco antes da falência, os cofundadores da 3AC, Kyle Davies e Su Zhu, confirmaram que eles tiveram uma perda de US$ 200 milhões de suas posições em tokens UST e LUNA. Documentos judiciais publicados no final de julho revelaram que a 3AC devia a bagatela de US$ 3,5 bilhões a 27 empresas diferentes.

A Voyager Digital, que anteriormente revelou que tinha uma exposição de US$ 661 milhões à 3AC, tornou-se a empresa seguinte de alto perfil a declarar falência em 6 de julho, seguida pela Celsius, que anunciou oficialmente seu pedido de recuperação judicial no dia 14 de julho.

O pedido mostrou que a Celsius tomou “certas decisões ruins de investimentos em ativos digitais” à medida que a empresa crescia mais rápido do que o previsto, deixando um rombo de US$ 1,2 bilhões no seu balanço. O CEO da Celsius, Alex Mashinsky, se demitiu em setembro.

SEC acusa Coinbase de listar títulos ilegais

Em um novo processo judicial apresentado em 21 de julho, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a SEC, alegou que pelo menos nove criptomoedas listadas na Coinbase são títulos mobiliários não registrados.

De acordo com a Comissão, esses tokens contêm as “características da definição de um título mobiliário”, incluindo declarações contínuas dos emissores sobre o valor de investimento dos tokens, os esforços de gestão e a disponibilidade de mercados secundários.

Embora certas exchanges rivais, como a subsidiária da Binance nos EUA, fossem rápidas em retirar esses ativos digitais da lista para evitar problemas semelhantes com o regulador financeiro, a Coinbase—apesar de relatórios de uma investigação da SEC—negou qualquer irregularidade. 

“Estamos confiantes de que nosso rigoroso processo de diligência―um processo que a SEC já revisou―mantém os títulos mobiliários fora de nossa plataforma, e estamos na expectativa para colaborar com a SEC no assunto”, disse o diretor jurídico da empresa, Paul Grewal, em resposta à investigação da SEC.

Pouco antes disso, o presidente da SEC, Gary Gensler argumentou que as exchanges de criptomoedas devem ser regulamentadas da mesma forma que as exchanges ou bolsas de valores tradicionais.

EUA aplicam sanções contra o Tornado Cash

Em um dos casos mais importantes do ano, o departamento do Tesouro dos EUA anunciou no dia 8 de agosto sanções contra o Tornado Cash, um serviço de mixing de criptomoedas desenvolvido no Ethereum e focado em privacidade, que ajuda os usuários a ofuscar as transações. 

Citando o uso ilícito da ferramenta por fraudadores para lavagem de dinheiro, incluindo o Lazarus Group, um grupo de hackers patrocinado pela Coreia do Norte, o órgão adicionou proibiu cidadãos americanos de usar a ferramenta. 

O código-fonte do mixer também foi removido do Github, seguido da prisão de um desenvolvedor do Tornado Cash suspeito na Holanda.

A comunidade cripto explodiu após a notícia, com defensores da privacidade condenando a medida como uma declaração de guerra contra aqueles que simplesmente escrevem código. Vitalik Buterin, cofundador da Ethereum, fez uma crítica pungente à jogada, identificando-se como alguém que usou o Tornado Cash para fazer doações para a Ucrânia.

Ainda assim, as autoridades holandesas insistiram à época que “o caso podia pode ser passível de punição” se um desenvolvedor escrever código “com o único propósito de cometer atos criminosos.”

EUA querem controlar toda a rede Ethereum

No dia 19 de setembro, a SEC apresentou acusações contra o influenciador cripto, Ian Balina, alegando que o empresário nascido em Uganda não apresentou uma declaração de registro de sua oferta e venda dos tokens SPRK da Sparkster em julho de 2018, embora nenhuma isenção de registro fosse aplicável. 

No entanto, o perigo mora nos detalhes. Em uma estratégia ousada, apresentada lá no parágrafo 69 do processo, a SEC também alegou que tinha o direito de processar Balina não apenas porque seu caso diz respeito a transações feitas nos EUA, mas também porque, de acordo com a Comissão, toda a rede Ethereum está sob a alçada do governo dos EUA.

De acordo com a SEC, o ETH enviado para Balina foi “validado por uma rede de nós no blockchain Ethereum, que estão agrupados mais densamente nos EUA do que em qualquer outro país.” Na lógica da SEC, isso significa que “essas transações ocorreram nos Estados Unidos.”

Tesla vende 75% das suas participações em Bitcoin

A Tesla ganhou as manchetes em fevereiro de 2021, quando aportou US$ 1,5 bilhões em Bitcoin depois de mudar sua política de investimento para permitir que a empresa pudesse manter criptomoedas.

Em julho de 2022, no entanto, a fabricante de carros elétricos fundada por Elon Musk revelou que vendeu 75% de suas participações em BTC, no valor de aproximadamente US$ 936 milhões, com a carta aos acionistas afirmando que a imparidade do Bitcoin teve um impacto negativo na lucratividade da empresa durante o segundo trimestre, quando registrou US$ 2,5 bilhões em receita operacional.

Apesar de vender a maior parte de seu Bitcoin, a Tesla ainda mantinha US$ 222 milhões em “ativos digitais” em seu balanço patrimonial no final de junho.

Veterano CEO da Kraken deixa o cargo

No dia 21 de setembro, o veterano da indústria, Jesse Powell, anunciou que deixaria o cargo de CEO da Kraken, a popular exchange de criptomoedas. 

“Estou ansioso para gastar mais do meu tempo com os produtos da empresa, a experiência do usuário e a defesa mais ampla da indústria”, disse Powell, que fundou a Kraken em 2011. 

Powell, 42, que está sendo sucedido pelo diretor de operações Dave Ripley, 45, se tornará presidente do conselho. A expectativa é que a transição ocorra nos próximos meses, assim que um novo COO for selecionado.  

Ações da Coinbase seguem derretendo

Em meio ao mercado de baixa, as ações da Coinbase atingiram o seu preço mais baixo desde que a empresa abriu o capital no ano passado, com a moeda caindo 87,04%, para US$ 35,00, em comparação com US$ 268,15 em 21 de dezembro de 2021. E o token atingiu uma nova baixa cerca de uma semana depois, caindo para US$ 32,40.

Os problemas da Coinbase são resultado de uma desaceleração no ambiente macroeconômico mais amplo, que levou a indústria cripto a um inverno intenso. Naturalmente, as receitas da empresa caíram e a receita líquida foi menor, US$ 576 milhões no terceiro trimestre de 2022, uma queda de 28% em relação aos US$ 803 milhões no trimestre anterior.

O enfraquecimento do fundo GBTC

O Grayscale Bitcoin Trust (GBTC)—um fundo financeiro que permite aos investidores ganharem exposição ao Bitcoin sem precisar comprar e manter o ativo—também teve um desempenho desanimador, com a baixa do valor subjacente do Bitcoin atingindo quase 50% em dezembro.

As tentativas da Grayscale de converter o GBTC em um ETF Bitcoin (um tipo de fundo “spot”), que a empresa acredita “ser a melhor estrutura de produto de longo prazo para o GBTC e seus acionistas”, foram bloqueadas pela SEC, com a empresa até processando a Comissão por conta de sua recusa em aprovar a medida. 

A crise em curso também colocou a corretora cripto Genesis sobre vigilância de liquidez, com muitos analistas agora focados no Digital Currency Group de Barry Silbert, que possui tanto a Grayscale quanto a Genesis.  

Nova York bane a mineração de Bitcoin

No dia 23 de novembro, a Governadora de Nova York, Kathy Hochul, assinou uma controversa moratória de dois anos sobre novas licenças para operadores de mineração de criptomoedas do tipo proof of work que dependam de combustível à base de carbono para alimentar suas atividades.

A nova legislação ainda permite a emissão de licenças para instalações de energia elétrica que utilizam alternativas ao combustível à base de carbono, como a energia hidrelétrica.

A medida foi ferozmente criticada pela indústria cripto desde que foi proposta pela primeira vez em maio de 2021. Também despertou a ira de grupos empresariais preocupados com o fato da nova legislação conter o crescimento da indústria no estado.

O mecanismo proof of work sustenta o Bitcoin (BTC) e várias outras criptomoedas populares, incluindo Dogecoin (DOGE), Litecoin (LTC), Zcash (ZEC), Monero (XMR) e Ethereum Classic (etc). 

Tether elimina títulos comerciais de reservas 

A Tether, emissora da stablecoin USDT, tem sido criticada por não fornecer atestados adequados para as reservas que sustentam o token. 

A empresa correu para resolver essa preocupação, anunciando no dia  13 de outubro que havia eliminado completamente os papéis de curto prazo das suas reservas, substituindo esses investimentos por títulos do Tesouro dos EUA. 

Os papéis de curto prazo são um tipo de dívida não garantida emitida por uma empresa. A Tether havia dito anteriormente que reduziria suas reservas do tipo e o fez gradualmente este ano. 

Anteriormente, havia rumores de que uma parte da carteira de títulos comerciais da Tether era “85% lastreada por papéis de curto prazo chineses ou asiáticos e sendo negociada com um desconto de 30%.” 

Mas a Tether negou os boatos, alegando que os rumores foram fabricados para “induzir mais pânico, a fim de gerar lucros adicionais em um mercado já estressado.”

Anteriormente, a Tether afirmava que todos os seus tokens eram lastreados por dólares armazenados em um banco. No entanto, após um acordo de US$ 18,5 milhões com o procurador-geral de Nova York, a empresa revelou que na verdade dependia de uma série de outros ativos, incluindo papéis de curto prazo, para apoiar seu token.

Reino Unido inclui cripto em novo pacote de reformas

No dia 9 de dezembro, o governo do Reino Unido anunciou um pacote de mais de 30 reformas nos regulamentos financeiros, incluindo a extensão de incentivos fiscais para gestores de investimentos a fim de cobrir criptoativos.

Apelidadas de” Reformas de Edimburgo”, as medidas têm como objetivo substituir a regulamentação da União Europeia que abrange áreas como a divulgação de produtos financeiros e incluem a flexibilização das regras de capital para bancos menores.

Mais especificamente, as medidas facilitarão a inclusão de criptoativos nas carteiras de fundos estrangeiros geridos na Grã-Bretanha sem criar um risco de tributação no país.

O governo do Reino Unido também está planejando abrir uma consulta sobre o caso de uma Moeda Digital do Banco Central (CBDC), e o Banco da Inglaterra já divulgou um documento que apresentará considerações tecnológicas que informarão a construção potencial de uma Libra Digital.

União Europeia aprova lei histórica de criptoativos

O início de outubro viu os legisladores da União Europeia aprovando a regulamentação Markets in Crypto Assets Regulation (MiCA)—a legislação histórica destinada a regular o espaço dos ativos digitais na UE. 

O regulamento, em sua forma atual, exigirá que qualquer pessoa que pretenda emitir criptomoedas publique um “whitepaper” do criptoativo contendo informações sobre seu projeto.

Também obriga as empresas de stablecoin a cumpram os requisitos de capital. As companhias serão restringidas em quantos tokens podem emitir se não forem denominados em euros ou outras moedas utilizadas pelos estados-membros da UE. 

Além disso, a MiCA também procurou regular a mineração de criptomoedas, pedindo aos grandes “provedores de serviços de criptoativos” que divulguem seu consumo de energia. 

O texto jurídico encontra-se agora no Parlamento Europeu, onde, sujeito a aprovação, será provavelmente publicado no Jornal Oficial da União Europeia no início do próximo ano, com as regras previstas para entrar em vigor em 2024.

FTX é devastada pelo colapso

O repentino colapso da FTX, a empresa que já foi uma das três principais exchanges do mundo, juntamente com o resto do império criado por Sam Bankman-Fried, gerou crises em toda a indústria, com consequências que provavelmente serão sentidas por meses, senão anos.

O efeito devastador do colapso da FTX não só derrubou o mercado como um todo, levando o preço do Bitcoin para menos de US$ 17 mil, mas também resultou em um novo contágio cripto que ainda afeta o mercado.

Após uma série de empresas entrarem com pedido de recuperação judicial e despediram funcionários, a comunidade cripto agora epassou a exigir das exchanges o compartilhamento dos dados de suas provas de reservas.

Tudo isso tem sido o assunto do momento nos últimos dois meses, ofuscando quaisquer outros desenvolvimentos na indústria, por mais significativos que possam ter sido.

Quanto ao próprio SBF, após sua prisão nas Bahamas, o fundador da FTX foi libertado com uma fiança de US$ 250 milhões e está agora em solo americano, enfrentando acusações do Ministério da Justiça, bem como da SEC e da CFTC. Seu julgamento deve ter início já em janeiro de 2023 – e promete desde já ser uma das grandes histórias do resumo do próximo ano.

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.

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