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Na Vila de Jericoacoara, no estado do Ceará, poderia se viver apenas de Bitcoin. A reportagem do Portal do Bitcoin esteve no local, famosa região turística dentro do município de Jijoca de Jericoacoara, e fez compras no mercado, foi ao restaurante, doceria e até mesmo comprou picolé de um vendedor ambulante usando satoshis e o sistema da Lightning Network. 

Essa infraestrutura começou a ser montada em 2020 pelo empreendedor Fernando Motolese, que tentou trazer para Jericoacoara o modelo da praia de El Zonte, em El Salvador, que ficou conhecida como Bitcoin Beach por ter vários comerciantes e prestadores de serviços que aceitam Bitcoin como forma de pagamento. Motolese batizou seu empreendimento de “Praia do Bitcoin”. 

Ele abriu dois servidores da Lightning Network e vendeu aos lojistas uma máquina de cartão que, na realidade, é essencialmente um aplicativo de celular. O vendedor tem que apenas colocar o valor em reais na máquina, que converte o preço para Bitcoin e gera um QR Code. O cliente abre sua carteira cripto no celular, escaneia o código e paga. É tudo instantâneo, o que é a premissa da rede de escalabilidade do Bitcoin.

Mas vale ressaltar que, até os lojistas sacarem os satoshis para endereços próprios on-chain, não são os reais donos das moedas custodiadas nos servidores de Motolese. O empresário afirma que aconselha todos a sacarem, o que foi confirmado pelos comerciantes entrevistados nesta reportagem. 

Mercadinho do Dingo aceita Bitcoin como forma de pagamento (Foto: Fernando Martines/Portal do Bitcoin)

Foram quatro experiências de compra usando Bitcoin e todas ocorreram quase sem ruídos. A exceção foi em um caso no qual o lojista não estava com a máquina carregada, de modo que a reportagem voltou no dia seguinte e fez o pagamento de forma instantânea. 

Antes disso, a reportagem acompanhou uma tentativa frustrada de um membro do projeto de pagar com Bitcoin no Mercadinho do Dingo. O servidor conectado àquele lojista estava fora do ar e a transação não foi possível naquele momento. Duas semanas depois a reportagem voltou ao mercado e comprou usando Bitcoin sem nenhum problema. 

Recebe em Bitcoin e investe no risco

Evaneudo tem investimentos variados em criptomoedas (Foto: Fernando Martines/Portal do Bitcoin)

Dentre os vendedores entrevistados, o mais engajado em cripto como um todo é Francisco Evaneudo da Silva Xavier, que vende sorvetes na praia. Além de Bitcoin, o comerciante tem Solana (“a mais promissora”), Ethereum (“não me enche os olhos”) e Shiba Inu (“shitcoin”). 

Natural de Camocim (CE), o vendedor já tinha família morando em Jericoacoara e resolveu se mudar para a vila em 2018. Começou trabalhando como garçom e depois passou a vender sorvetes, sendo nessa última função que conheceu Fernando Motolese e o projeto de receber em Bitcoin. 

Evaneudo, como é chamado na vila, disse que nunca ninguém que não estivesse em Jericoacoara por conta dos projetos da “Praia do Bitcoin” comprou usando a criptomoeda. De qualquer forma, mostra disciplina e afirma que os satoshis que recebe desse pequeno público são mantidos em BTC e nunca convertidos para reais. 

“Eu deveria estar fazendo autocustódia já, mas fico postergando. Meus bitcoins estão ainda na conta na Binance e na Blink [carteira de pagamentos da Lightning Network]. Eu fico no ‘depois eu faço’ e ainda não fiz [a custódia]. Mas o valor é pouco, se eu perder não me faria falta”, afirma Evaneudo. 

O vendedor tem uma história interessante com um episódio famoso da indústria cripto. Perdeu e ganhou com o colapso do projeto Terra Luna em maio de 2022. 

“Uma semana antes da quebra eu tinha colocado US$ 100 e perdi tudo. Mas quando chegou em um ponto que achei ser o fundo do poço, comprei R$ 50 e tive um lucro de US$ 600. Foi como paguei minhas contas naquele mês de maio. Até hoje tenho US$ 40 em Luna, que hoje é a LUNC né”, conta, referindo-se ao fato de o token ter mudado de nome para Luna Classic após um hard fork. 

As contas de Evaneudo podem fechar. No dia 13 de maio de 2022, LUNA estava em uma cotação de US$ 0,00000830. No dia seguinte subiu para US$ 0,0005852, uma valorização de 6.950%. Nesse cenário, um investimento de R$ 50 teria se transformado em R$ 3.525. 

Relembre abaixo o gráfico de preço do token LUNA naqueles dias:

Após cair até uma fração de zero, LUNA teve um pico para cima (Imagem: Coingecko)

Bitcoin como estratégia de marketing

Botassoli destaca como o Bitcoin pode servir também ao marketing (Foto: Fernando Martines/Portal do Bitcoin)

O paulista Thiago Antonio Botassoli chegou em Jericoacoara oito anos atrás como turista e identificou que uma doceria de alto padrão como existe em São Paulo teria espaço na vila. Foi assim que nasceu a Doce Divino, que aceita Bitcoin como meio de pagamento. 

O empreendedor afirma que nunca tinha ouvido falar de Bitcoin até Fernando Motolese ter ido ao estabelecimento explicar sobre a criptomoeda. Aceitou a sugestão de adotar como meio de pagamento mais pelo burburinho que a palavra Bitcoin gera. 

“O pessoal fala bastante de Bitcoin, então eu pensei em receber esse pagamento também por causa do marketing. Ou seja, além de ser um meio de pagamento novo, também tem o marketing gerado em cima da palavra Bitcoin”, afirmou. 

Botassoli disse também que tem poucos pagamentos, mas que chama bastante atenção. A loja tem um adesivo de Bitcoin na vitrine e um cartaz no caixa. 

O comerciante termina respondendo se converte os satoshis em reais: “Eu deixo tudo em Bitcoin. Nunca converto”. 

Fonte de liquidez importante

Jaline (direita) com um funcionário e a irmã: “Bitcoin permitiu realização de projetos na vila” (Foto: Fernando Martines/Portal do Bitcoin)

Outro estabelecimento que aceita o Bitcoin como forma de pagamento é o restaurante Dona Amélia. Jaline Sampaio, filha da proprietária e responsável por gerenciar junto com a irmã, está há mais de 20 anos em Jericoacoara e conta que também ficou sabendo do Bitcoin por conta de Fernando Motolese. 

A empresária ressalta que o Bitcoin tem desempenhado um papel além de ser uma forma de pagamento na vila: “Foi fundamental para que projetos fossem concretizados, como a sala de informática e a horta na escola”, diz, citando duas ações da “Praia do Bitcoin”.

Jaline lembra também da conferência feita pela organização durante o Carnaval de 2023. “Foi muito importante para a vila. Porque não só o lado financeiro de receber o Bitcoin, mas também de aprender do conhecimento dessa moeda que até então eu não conhecia. Trouxeram pessoas que realmente entendiam de Bitcoin”, diz.

A gerente do Dona Amélia também lembra que a vila tem diversos negociantes peer-to-peer e que isso dá uma liquidez em real importante (vale lembrar que em Jericoacoara não existe caixa eletrônico e nem agências de banco). 

“Dá essa facilidade de a gente ter um acesso fácil ao real sem aquela burocracia toda”, conta.

Apesar de se mostrar a mais bitcoiner dos entrevistados, Jaline admite que é difícil segurar os satoshis. “Eu tento guardar tudo, mas sou muito gastadora”, brinca ela, aos risos junto da irmã.

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