A adoção do USDT da Tether pela PDVSA cresceu com as sanções dos EUA e preocupações sobre as eleições na Venezuela
A PDVSA, empresa petrolífera estatal venezuelana, migrou para o USDT da Tether após novas sanções às suas exportações de petróleo. Em dezembro, a Tether congelou 161 carteiras em conformidade com as sanções dos EUA.
Um porta-voz da Tether reiterou o compromisso da empresa em cumprir as sanções, afirmando que respeitam a lista OFAC SDN e congelam os endereços de sanções conforme necessário. A PDVSA aumentou o uso de pagamentos em criptomoedas como parte de uma estratégia para mitigar as sanções dos EUA, impostas devido à falta de reformas eleitorais na Venezuela.
A PDVSA usa o USDT para transações, visando minimizar o risco de confisco de ativos pelos EUA, usando intermediários para ocultar transações. No entanto, um escândalo recente revelou 21 bilhões de dólares em contas a receber inexplicáveis de exportações de petróleo, complicando a situação devido a transações anteriores com outras criptomoedas.
Pagamento antecipado em USDT para transações de petróleo
Em 2024, a PDVSA passou a exigir pré-pagamento de metade do valor das cargas de petróleo em USDT, requerendo que novos clientes tenham uma carteira digital de criptomoedas. Embora os EUA tenham condicionalmente permitido negócios com a PDVSA em outubro, emitindo uma licença de seis meses, muitas empresas precisaram de intermediários para realizar transações digitais com a Venezuela.
Em 2018, a Venezuela lançou o token “petro” para enfrentar a crise econômica causada por sanções dos EUA, mas sua baixa adoção levou ao seu fim este ano. Enquanto isso, a OFAC intensificou a fiscalização sobre criptomoedas, multando a exchange CoinList em US$ 1,2 milhão por facilitar a evasão de sanções por usuários russos e sancionando um serviço de mistura de criptomoedas usado por hackers norte-coreanos.